sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Feliz Natal

HISTÓRIA ANTIGA
Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças. E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado,
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação. Mas,
Por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de sangue um pequenito
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.
Miguel Torga, Antologia Poética. Coimbra, Ed. do Autor, 1981

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Literatura e Cinema

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quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ministério da Educação não avança com acordo ortográfico no próximo ano

«A aplicação do acordo ortográfico nas escolas não vai entrar em vigor no próximo ano, anunciou a ministra da Educação Isabel Alçada, esta manhã, no final da abertura do seminário “O Impacto das Avaliações Internacionais nos Sistemas Educativos”, no Conselho Nacional de Educação, em Lisboa. “Estamos a definir a estratégia mas ainda não estão definidas metas. Não é no próximo ano ainda, [porque] temos que fazer todo um trabalho com os diferentes parceiros para definir a forma como o acordo ortográfico será introduzido.”, disse à margem da conferência. Isabel Alçada assegura que “não é complicado” aplicar o acordo nas escolas. No final de Novembro, em Bruxelas, a ministra da Cultura Gabriela Canavilhas disse que o acordo entrará em vigor em Portugal, sem atrasos, em Janeiro. “Há uma planificação prevista que vai ser cumprida, tal como ela foi aprovada”, disse Gabriela Canavilhas. No entanto, Portugal tem como meta 2014 para terminar a aplicação do acordo que foi assinado em 1990. (Enric Vives-Rubio, "Público", 16.12.09)

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Há muito que aqui não venho...

É verdade que há muito que aqui não venho. Por razões diversas, externas umas, interiores outras. Mas eis chegada a altura de voltar. O CLP não tem estado parado. Deixo aqui notícias de algumas 'coisas' que andamos a fazer.
"O Som das Palavras", programa do CLP na Rádio Barcelos (91.9), continua a ser realizado por mim e pelos alunos, agora às sextas-feiras, entre as 18h e as 19h (mais coisa menos coisa, ou seja, mais ou menos publicidade radiofónica): http://somdaspalavras.pt.vu
"Dia do CLP" - apresentação e divulgação do CLP. Inscrições de novos elementos.
Em colaboração com a Biblioteca da Escola, organizámos um encontro com o escritor José Luís Peixoto, no dia 10 de Dezembro: http://bibliobarcelinhos.blogspot.com
"Literatura e Cinema" - apresentação de livros, seguida da exibição dos filmes - sexta-feira, dia 18 de Dezembro, ao longo do dia.
Participação na rádio-escola, "Rádio Grafonola".
Actividades a realizar:
Recital de Poesia
Jornadas Saramaguianas
Sarau Cultural (em colaboração com a BE)
Comemoração do Dia da Poesia (em colaboração com a BE)
Comemoração do Dia da Língua Materna
Oficina "Poesia e fotografia"
Comemoração do Dia do Livro
...

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quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Sim, a escola tem de ser isto...

Lugar central de estudo, de esforço, de trabalho, de disciplina, de aquisição de conhecimentos, de partilha, de crescimento intelectual e de aprendizagem da cidadania. Escola e professores a precisarem de uma urgente e efectiva repromoção social e simbólica. É preciso, sim.

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Dia Internacional pela Erradicação da Violência Contra as Mulheres

Cerca de 70 por cento das mulheres em todo o Mundo já foram física ou sexualmente agredidas por homens ao longo da sua vida. De acordo com o retrato feito pelo Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher, a maioria das agressões é levada a cabo pelos próprios maridos, parceiros ou alguém muito próximo da vítima. Em Portugal, a situação não é muito diferente conforme os dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima. Esta quarta-feira, assinala-se o Dia Internacional pela Erradicação da Violência Contra as Mulheres como forma de recordar o assassinato das três irmãs Mirabal, na República Dominicana. Decorria o ano de 1960, quando a 25 de Novembro as três irmãs foram assassinadas a mando do regime ditatorial de Rafael Trujillo. As suas mortes provocaram um movimento de insurreição do povo, que terminou com a morte do ditador. Em 1981, a data foi escolhida pelas activistas femininas sul-americanas como marco na luta contra a violência contra as mulheres. Mais tarde, em 1999, as Nações Unidas decretaram o dia 25 de Novembro como o Dia Internacional pela Erradicação da Violência Contra as Mulheres.

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sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Riqueza de humanidade

«No Uganda, um grupo de mulheres doentes de sida sobrevive a trabalhar numa pedreira. O que elas fazem é partir pedras à mão e depois vendem-nas aos construtores. E sobrevivem com apenas uma refeição por dia. [...] Quando estas mulheres souberam do tsunami e do furacão Katrina nos EUA - e, mais recentemente, do terramoto em L’Aquila – organizaram-se e conseguiram reunir dinheiro para as vítimas. Disseram elas: “Sabemos o que é viver sem casa e sem comer. Se eles pertencem a Deus, pertencem também a nós. Por isso, vamos ajudá-los”. E ofereceram uma quantia considerável que, realmente, lhes fazia falta. Os jornalistas escandalizaram-se. Acharam que não era justo disporem assim do dinheiro sendo tão pobres... Acharam, tal como a esmagadora maioria, que fazer caridade deveria ser apenas dar o que sobra. Então, uma mulher doente disse aos jornalistas: “O coração do homem é internacional, não tem raça, nem cor e comove-se!” Que invejável, a riqueza de humanidade destas mulheres!»
(In Página1)

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

As três vidas, de João Tordo, venceu o Prémio Literário José Saramago

As três vidas, de João Tordo, venceu o Prémio Literário José Saramago, atribuído pela Fundação Círculo de Leitores. O prémio foi entregue, ontem, em Penafiel, na presença do próprio Saramago. Com o objectivo de distinguir jovens escritores portugueses até aos 35 anos, o Prémio Literário, que passará a ser atribuído, já a partir do próximo ano, alternadamente entre Portugal e Espanha. foi para João Tordo, nascido em Lisboa, um ano depois da revolução de 74. O júri escolheu esta obra entre 36 autores do universo lusófono. "Não tenha dúvidas de que efectivamente gostei do seu livro, mas não esqueçamos que 70% da boa literatura é linguagem", disse José Saramago ao premiado. Para Saramago, João Tordo "tem dotes de efabulação que não se encontram facilmente, não perde o pé, o que numa narrativa é fundamental". "Recomendaria apenas os 70% mais importantes de uma obra literária são simplesmente a linguagem. E que a cuide, que a defenda, que a proteja, que se responsabilize por ela porque tem essa responsabilidade, não por ganhar o prémio, mas porque é um autêntico escritor", disse. "As três vidas" é o terceiro romance de João Tordo, e conta a história de um homem inocente caído num enredo de acontecimentos mundiais que se cruzam por uma quinta nos arredores de Santiago do Cacém. "Além da marca reflexiva (e autoreflexiva) da narrativa, João Tordo demonstra grande capacidade em descrever ambientes citadinos, o espaço claustrofóbico das grandes cidades, mesmo que nesse romance a acção também se passe em território nacional: no Alentejo e numa Lisboa pessoanamente "revisitada", disse Maria Nazaré Gomes dos Santos. "Sou o sexto escritor que vence este prémio, atribuído bianualmente. É uma grande responsabilidade porque a partir do momento em que ficamos debaixo deste jugo que é o nome de José Saramago - nome mais importante das nossas letras nos últimos cem anos - temos de fazer jus desse nome. Portanto, tudo o que vier daqui para frente são momentos que me vão obrigar a pensar muito bem naquilo que vou escrever e publicar", confessou o premiado. (In Jornal de Notícias)

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domingo, 18 de outubro de 2009

Hoje, porque sim.

http://www.youtube.com/watch?v=o24ZnHcVnnw

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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Prémio Nobel da Literatura 2009: Herta Müller

O Prémio Nobel da Literatura foi atribuído este ano à escritora alemã de origem romena Herta Müller, de 56 anos. A romancista, nascida em 1953 na aldeia de Nitzkydorf, perto de Timisoara, na Roménia, é distinguida pela Academia sueca por ter, “com a densidade da poesia e a franqueza da prosa, representado o universo dos deserdados”. “[Müller] Ficou muito, muito contente, e nós também”, disse, em Munique, Leonie Obalski, a porta-voz da sua editora, a Hanser Verlag. Estão publicados em Portugal os romances da autora “O Homem é um Grande Faisão Sobre a Terra”, edição da Cotovia, e “A Terra das Ameixas Verdes”, da Difel. A escritora receberá o prémio no valor de 10 milhões de coroas suecas (980 mil euros) a 10 de Dezembro, na capital sueca. A estreia literária de Müller fez-se com a colecção de contos “Niederungen”, em 1982. A obra foi censurada na Roménia. Em “Drückender Tango” (1984), tal como no primeiro livro, descreveu a vida numa pequena vila romena em que se falava alemão e a “corrupção, intolerância e repressão” que lá se vivia. A imprensa romena criticou negativamente as obras, ao contrário da alemã. Proibida de publicar na Roménia, pelas suas críticas públicas à censura e ao regime de Nicolae Ceauşescu, Müller emigrou em 1987 com o marido, o escritor Richard Wagner. O escritor alemão Günther Grass afirmou-se “impressionado e muito contente” com a atribuição do Nobel a Herta Müller. “É uma óptima romancista”, declarou Grass, Prémio Nobel de 1999, à AFP. “Confesso que o meu favorito era Amos Oz. Mas devo sublinhar que o Comité Nobel tomou uma óptima decisão”. Müller tornou-se a 12ª mulher a ser galardoada com o Prémio Nobel da Literatura. Ao todo, foram entregues 101 Nobel da Literatura, desde a criação do galardão, em 1901. (in P1)

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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

5 de Outubro de 1910: implantação da República

O termo "república" provém do latim res publica ("coisa pública").
A Revolução de 5 de Outubro de 1910 pôs termo à monarquia em Portugal, dando lugar à República, forma de governo na qual os representantes são escolhidos pelo povo por meio de eleição realizada por voto livre e secreto, com vista a permitir afirmar os valores da dignidade da pessoa humana, da liberdade, da igualdade e da justiça.
Joaquim Fernandes Teófilo Braga nasceu em Ponta Delgada, Ilha de São Miguel, nos Açores, a 24 de Fevereiro de 1843. Pertencia a uma família da aristocracia açoriana, mas a morte da mãe deixou-o numa situação de grandes dificuldades económicas. Começou, então, a trabalhar bastante cedo como tipógrafo. Mais tarde, com uma pequena mesada que o pai lhe atribuiu e com trabalhos de tradutor, explicações e alguns artigos e poemas que escrevia, conseguiu tirar o Curso de Direito na Universidade de Coimbra onde foi contemporâneo do poeta Antero de Quental. Doutorou-se em 1868, e publicou estudos sobre literatura como a História da Poesia Popular Portuguesa, o Romanceiro Geral. Em 1872 tornou-se catedrático de Literaturas Modernas. Dedicou-se vários anos ao estudo da doutrina de Comte, tornou-se defensor do Positivismo e publicou vários ensaios e artigos em que desenvolveu as suas teses. Dirigiu também as revistas Positivismo, com Júlio de Matos, e Era Nova, com Teixeira Bastos. A par da actividade de professor e investigador, tornou-se um destacado militante do Partido Republicano Português. Participou na organização do Tricentenário de Camões em 1880, que foi afinal a primeira grande manifestação pública de republicanismo. No mesmo ano, publicou a História das Ideias Republicanas em Portugal. As suas obras e a sua acção política tornaram-no alvo de perseguições, mas apesar disso manteve-se sempre firme na defesa dos seus ideais. Ainda durante a monarquia assumiu os cargos de Vereador da Câmara Municipal de Lisboa e de membro do Directório do Partido Republicano Português (PRP), de que era presidente quando se deu a revolução do 5 de Outubro. Muito respeitado no País e no estrangeiro, foi escolhido para chefe do Governo Provisório com funções de Presidente da República. Foi o seu governo que adoptou a Bandeira Nacional (29 de Novembro de 1910) e A Portuguesa como hino nacional. Após a aprovação da Constituição foi deputado e, a 14 de Maio de 1915 foi eleito Presidente da República. Assumiu as funções de Chefe de Estado de forma simples e despretensiosa, retomando as suas actividades de investigador quando concluiu o mandato. A sua obra constitui uma verdadeira enciclopédia da História da Literatura Portuguesa: pois deixou 360 trabalhos publicados.Morreu em Lisboa com 80 anos, em 1923. (PNL)

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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Porque tenho orgulho em ser professora

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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A beleza como arte e humanidade. Fotografias de Hans Sylvester

Nos confins da Etiópia, a três dias a pé da pista de Addid-Abeba, a mais de mil quilómetros de Khartoum e a séculos da modernidade, Hans Sylvester fotografou, durante seis anos, tribos onde homens e mulheres, crianças e velhos são génios da arte contemporânea. Os corpos deles são a tela que escolhem e os dedos os pincéis. As fotografias são de uma beleza exuberante e pura:

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quarta-feira, 30 de setembro de 2009

30 de Setembro de 1452: 1º livro impresso

A Bíblia de Gutenberg, a chamada B 42 (“Bíblia de 42 linhas”, por ter precisamente colunas, duas, de 42 linhas) foi impressa entre 1452 e 1455. Não se sabe ao certo em que dia começou a se impressa, mas há quem aponte o dia 30 de Setembro. Não sei qual a razão para que alguns apontem este dia, mas reparo numa coincidência (que não vi referida em que aponta esta data). É que 30 de Setembro é o dia da morte de São Jerónimo (de nome Eusebius Sophronius Hieronymus). Morreu no dia 30 de Setembro de 429. Ora, Jerónimo foi o tradutor da Bíblia de grego para latim vulgar. A sua Bíblia, geralmente seguida até ao advento das bíblias de reforma protestante, é conhecida por “Vulgata”. E foi essa versão da Bíblia que Johannes Gutenberg imprimiu. (In http://tribodejacob.blogspot.com/)
A invenção da imprensa deu ao homem o seu primeiro grande meio de comunicação e proporcionou-lhe a preservação e a divulgação em larga escala do conhecimento humano, o que até então estava limitado a um número restrito de privilegiados. Os Chineses foram os precursores da invenção da imprensa ao criarem as primeiras formas de reprodução. O mais antigo livro conhecido é uma xilogravura Chinesa, o Sutra Diamante, datada de 868 d.C. No entanto foi na Europa, em meados do século xv, e sem qualquer prova de que as descobertas Chinesas tivessem tido alguma influência, que se inventou a imprensa tipográfica. Anteriormente, ao longo dos séculos, a comunicação entre os homens limitava-se ao poder da voz humana, às primeiras formas de escrita experimentadas em suportes diversificados, como a madeira, o papiro, a seda e o pergaminho. É sobre o pergaminho que o Ocidente vai começar a ler, enquanto na China o papel irá substituir a seda e a casca de bambu. Na Idade Média, o livro tornou-se uma obra de arte com as suas belas encadernações em couro, marfim, prata, bronze, tecidos bordados ou adamascados, etc. No texto a caligrafia e a pintura unem-se para produzir as iluminuras. No entanto, a divulgação do livro era pequena, visto o trabalho do copista ser moroso, o que tornava o livro dispendioso. Além disso, era impossível evitar os erros, resultantes das falhas dos copistas. A invenção da tipografia, cerca de 1438, caracterizou-se pela introdução de alguns factos que lhe justificam o carácter inovador: a adopção das matrizes metálicas que permitiram a fácil multiplicação dos caracteres tipográficos e do molde de fundição dos mesmos; a utilização da prensa, embora esta constituísse uma adaptação da então usada para o azeite e o vinho. A invenção da tipografia é atribuída a Johann Gutenberg, alemão, de Mogúncia, que fez as suas primeiras experiências em Estrasburgo por volta de 1436. Das primeiras obras impressas por Gutenberg destaca-se a monumental Bíblia de 42 linhas, obra mestra de prototipografia. Nos anos seguintes, a imprensa surge noutras cidades levada pelos pioneiros da tipografia, os prototipógrafos, na sua maioria discípulos de Gutenberg. Em Portugal , a discussão sobre a localização da primeira tipografia assenta nas hipóteses de Leiria, Faro, Lisboa, Chaves e Guarda. As conclusões dos estudiosos não apresentam uma conclusão completa, para o que são razões determinantes o carácter itinerante da actividade dos impressores e a carência de provas documentais seguras. Sabe-se que o primeiro incunábulo conhecido é o Pentateuco hebraico de Faro, publicado em 1487 na oficina de Samuel Gacon, mas supõe-se, através de provas documentais, que terá havido impressões documentais anteriores a essa data. (In www.fcsigns.com.br/siteprofessor/arquivos)

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terça-feira, 29 de setembro de 2009

A 29 de Setembro de 1964...Mafalda surge pela primeira vez

Uma rapariga de seis anos, com constantes comentários e perguntas impertinentes sobre o mundo dos adultos e a situação política da Argentina e do mundo, que odeia sopa e adora os Beatles. É assim Mafalda, a personagem que tornou célebre Joaquin Lavado, conhecido no mundo dos cartunes como Quino. Mafalda surgiu pela primeira vez a 29 de Setembro de 1964, no semanário argentino “Primera Plana”. “É a fi gura do humor mais global. Conseguiu penetrar em praticamente todo o mundo”, diz Luís Humberto Marcos, director do Museu Nacional da Imprensa (MNI), espaço do Porto onde decorre anualmente o festival Porto Cartoon. Quino só publicou tiras de Mafalda durante nove anos, apesar do sucesso da personagem. Mafalda seria utilizada apenas em ocasiões raras, como uma campanha da UNICEF sobre direitos da criança, em 1977. Mas isto não impediu que se tenha mantido popular um pouco por todo o lado – em Portugal, Mafalda chegou em 1970, tendo sido editados vários livros e álbuns com tiras da personagem. “A sua durabilidade tem a ver com o que é essencial na própria Mafalda: uma miúda irrequieta com determinados valores que são ícones da sociedade, independentemente da cultura”, refere Humberto Marcos. É o caso dos apelos à paz e ao cumprimento dos direitos humanos, a par de perguntas difíceis sobre o mundo dos adultos, visto sobre a perspectiva, tão ingénua quanto mordaz, de uma criança. Mafalda tem uma “linguagem nas margens da conveniência, do politicamente correcto”, diz Humberto Marcos, em linha com o que Umberto Eco escreveu num prefácio de um álbum de Quino, em 1969: “Uma heroína zangada que recusa o mundo tal como ele é”. “Sendo uma tira cómica, é de intervenção”, que funciona “quase como contrapoder”, diz Marcos. No fundo, é a essência do cartune, que mostra, frequentemente, “como o poder é feito muitas vezes de pés de barro”. O director do MNI defende, por isso, que o cartune é um género jornalístico de opinião. O seu apelo universal deve-se também à sua capacidade de síntese, que mostra a “essência das coisas” - e Quino conseguiu em Mafalda, cujas tiras tinham poucas palavras, um dos melhores exemplos dessa capacidade. O papel de Quino foi reconhecido pela Argentina, que baptizou em 1994 de “Plaza Mafalda” uma praça de Buenos Aires. O autor tem hoje 77 anos e vive entre a Argentina e Itália. (Pedro Rios. In "Página1")

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quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Pelos Caminhos da Escrita: Projecto de Escrita Criativa

"A escola de hoje vive tempos difíceis, propícios a desalentos vários aos quais professores e alunos fazem frente para que "a luz que cada ser humano transporta dentro de si" não deixe de brilhar com mais intensidade, como defendia o pedagogo Paulo Freire. Local privilegiado de ensino, aprendizagens, construção e partilha de experiências, a escola deve promover o conhecimento e a criatividade junto dos seus alunos. Dentre várias actividades, o Intercâmbio Escolar configura-se como uma forma passível de trilhar esse caminho. Foi com esse intuito que realizámos um intercâmbio entre duas turmas da Escola Secundária/3 de Barcelinhos (ESB) e duas da Escola Secundária de Albufeira (ESA). Este Intercâmbio Escolar foi proposto pela professora Fernanda Lamy, após um encontro, aquando da Final do Concurso Nacional de Leitura em Maio de 2008, com a docente responsável do Plano Nacional de Leitura da ESB, Aida Lemos, tendo objectivos de favorecer, por meio de várias actividades, o conhecimento e a divulgação das escolas e regiões implicadas, de permitir aos alunos contactar com realidades escolares, socioculturais e geográficas diferentes, partilhar informações, aprendizagens e vivências, bem como escrever textos para serem inseridos numa publicação conjunta. Assim, foi gizado um projecto comum, com as finalidades de desenvolver as competências de compreensão e expressão em Língua Materna, bem como a competência de comunicação, assegurar o desenvolvimento do raciocínio verbal e da reflexão, através do conhecimento progressivo das potencialidades da língua, promover a educação para a cidadania, para a cultura e para o multiculturalismo, pela tomada de consciência da riqueza linguística da Língua Portuguesa e contribuir para a formação dos alunos, promovendo valores como a autonomia, a responsabilidade, o espírito crítico, por meio da participação em práticas de língua adequadas e diversificadas. Participaram neste projecto os alunos do 12ºF e 11ºC (ESB) e 10º e 11º (ESA) e os professores Aida Lemos, Elisabete Gonçalves, Florinda Bogas, Carlos Teixeira e José Carlos Cruz (ESB) e as professoras Fernanda Lamy, Ana Casimiro, Regina Caçador, Leonor Tavares e Sandra Pires (ESA). As turmas envolvidas realizaram várias actividades ao longo do ano lectivo, entre as quais duas viagens, a dos alunos de Albufeira ao Norte, mais propriamente a Barcelinhos, Barcelos, Braga e Gerês, em Março, e a dos alunos de Barcelinhos a Albufeira, em Maio, com vista a estreitar os laços iniciados por contactos inicialmente epistolares, por e-mails, entre outros. Uma outra actividade realizada é aquela cujo resultado agora apresentamos: exercício de escrita criativa a várias mãos, de que resultaram dois contos. O conto intitulado "Mergulhando no Verde Mar do Gerês" foi iniciado pela Professora Elisabete Gonçalves, continuado depois pela Professora Ana Casimiro e os seus alunos do 11º Q, sendo retomado novamente pelos alunos do 11º C, sempre com a supervisão da docente desta turma; o segundo conto, "No ar um aroma a alfazema", foi iniciado pela Professora Fernanda Lamy, continuado pelos seus alunos do 10º G, sendo prosseguido e finalizado pelos alunos do 12ºF da Professora Aida Lemos. Afigura-se consensual que, apesar de a nossa comunicação ser preponderantemente oral, todos reconhecem à escrita uma importância capital, por ser indispensável ao exercício da cidadania, ao sucesso escolar, social e cultural dos indivíduos, podendo representar ainda a voz da interioridade, da imaginação, do sentido crítico e da fantasia. Os programas oficiais de Língua Portuguesa/Português reconhecem a escrita como uma das quatro competências basilares, a par da leitura, da oralidade e do funcionamento da língua. Porém, a aprendizagem, o aperfeiçoamento e o domínio da expressão escrita é um processo complexo e moroso, congregando outros domínios que lhe servem de suporte, como a leitura (é lendo que se aprende como outros trilharam caminhos de escrita, é lendo que se desperta a inspiração e se desenvolvem competências e habilidades linguísticas e culturais), o funcionamento da língua (suporte linguístico, sem o domínio do qual o exercício de escrita não o é cabalmente), estando também muito condicionada pela maturidade emocional e cultural do escrevente. Além disto, e sob a orientação do Professor de Português, é preciso igualmente aprender técnicas variadas e conhecer as tradições discursivas, de modo a enquadrar a escrita nos diferentes géneros textuais, bem como interiorizar mecanismos cognitivos e linguísticos para levar a efeito o processo de escrita, factos que implicam uma prática sistemática, intencional e supervisionada. Ao professor cabe ainda a missão de gerir a existência de grande variedade de problemas a ultrapassar numa turma, devido aos diferentes níveis de domínio da escrita de cada aluno, ao elevado número de alunos por turma, ao facto de leccionar várias turmas e níveis, para além do reduzido número de aulas semanais e da imposição do cumprimento de programas, cuja extensão põe frequentemente em causa a sua exequibilidade. Não obstante a difícil “gestão” destes problemas, o professor deve trabalhar para uma aprendizagem contínua e progressiva (em aperfeiçoamento) da escrita, de modo a que o aluno escreva de uma forma cada vez mais consciente, intencional e desbloqueada, numa crescente atmosfera de motivação. Para que tal motivação atinja um nível desejado e se estenda a toda a comunidade discente, é imperativo que se atenue o chamado artificialismo das actividades de escrita, ou seja, impõe-se que haja momentos em que os alunos sejam desafiados a escrever para alguém, além do professor, com uma finalidade, além da avaliação, ou melhor, em que os alunos escrevam com um novo propósito e saibam que as suas produções escritas serão lidas por um público mais alargado, no jornal ou na revista escolar, num blogue da escola ou em publicações como esta que aqui apresentamos. Os exercícios de escrita que constituem o presente trabalho representam um longo caminho de reflexão sobre o processo da escrita, mormente da escrita lúdica, tendo implicado planificação, com guiões iniciais, que visavam assegurar um fio condutor da história, revisões constantes (simultâneas e posteriores à produção), tendo sido imperativa uma orientação redobrada do professor, dado que, sendo produções a várias mãos, o risco de incongruências e de alguma inadequação era redobrado. Assim, com vista a promover a reflexão sobre a construção do texto, sobre o melhor caminho para atingir algumas finalidades de comunicação e valorizando a escrita como um processo, chegámos à produção de dois contos. Foi uma “viagem” difícil, entre Barcelinhos – Albufeira e Albufeira – Barcelinhos, que, apesar dos “mapas” (guiões), obrigou a que o plano de viagem fosse sendo reformulado consoante o “jeito de andar” de cada pé, que, devido à irregularidade do relevo, por vezes se desequilibrava, desembocando em lugares imprevisíveis! Matagais intransitáveis, paisagens desérticas, relevos oblíquos, despenhadeiros! … Tacteia-se onde apoiar o pé da escrita e, com a ajuda do guia, do andarilho da escrita (o professor), estuda-se a manobra e encontra-se uma saída … até que um novo obstáculo obrigue a nova paragem e reacerto. A paciência e a perseverança são, pois, um dos melhores apoios, além do bordão da leitura, do hábito de caminhar e das vivências, conhecimentos e sentires que transportamos e absorvemos. Agradecemos a todos os envolvidos neste projecto de Intercâmbio Escolar, nomeadamente aos órgãos de gestão das respectivas Escolas e especialmente à Câmara Municipal de Barcelos, a quem se deve a publicação deste Pelos Caminhos da Escrita. Projecto de Escrita Criativa, com o qual procurámos caminhar com e pela PALAVRA, ouvindo a sua musicalidade, sentindo na pele a sua sugestão e entregando-nos à aventura literária de criar pessoas, mundos e vivências …" (Nota Introdutória) Aida Sampaio Lemos e Elisabete Gonçalves

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Hoje, porque sim.

(Nuno Chacoto)
Se tanto me dói que as coisas passem
É porque cada instante em mim foi vivo
Na luta por um bem definitivo
Em que as coisas de amor se eternizassem.
(Sophia de Mello Breyner Andresen)

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sábado, 12 de setembro de 2009

Dia do Diploma.

Ontem, foi o Dia da entrega dos Diplomas de conclusão do 12º ano de escolaridade. Coube-me a entrega destes aos alunos do 12º F que foram, entre outras coisas, os elementos mais activos e presentes no Clube da Língua Portuguesa. Deixo aqui, para aqueles que não puderam estar presentes, as palavras que ontem proferi na Escola.
Como professora destes alunos durante 3 anos passei com eles os melhores momentos que vivi nesta escola, por muita coisa que não vou enumerar, mas que eles sabem. Nem todos, embora alguns com notas brilhantes em muitas disciplinas, conseguiram terminar o 12º, a esses -Andreia, Carlos, Daniela, Diana e João, – relembro as palavras de Samuel Beckett: “Tenta. Fracassa. Não importa. Tenta outra vez.” Aos restantes, que iniciam uma nova etapa na vossa vida, relembro a necessidade de tentar ser sempre melhor – no que se é, no que se faz e no que se quer –, sejam únicos, sejam interventivos, sejam competentes, marquem a diferença pela positiva, façam as vossas escolhas e lutem por elas, sem esquecer que fazem parte de uma sociedade que precisa de vocês. Tenho muito orgulho em vocês. Tenho muito orgulho em ter sido vossa professora. Felicidades.

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quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Hoje, porque sim.

«vivo com uma vela a latejar no sangue e desgastei-me a içar e a arrear esta vela. e o barco que sou parece não avançar.» (Mariah)

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terça-feira, 1 de setembro de 2009

Reinício...

Preparemo-nos para o reinício das aulas. Vou sentir saudades de caras e vozes que me acompanharam nestes últimos três anos, mas é preciso voltar ao trabalho e continuar ou recomeçar tudo se assim tiver de ser.
Um bom ano lectivo 2009/ 2010 para todos!

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sábado, 1 de agosto de 2009

Hoje, porque sim.

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Chegada à Lua há 40 anos

"Poema do Homem Novo" de António Gedeão
Neil Armstrong pôs os pés na Lua
e a Humanidade saudou nele
o Homem Novo.
No calendário da História sublinhou-se
com espesso traço o memorável feito.
Tudo nele era novo.
Vestia quinze fatos sobrepostos.
Primeiro, sobre a pele, cobrindo-o de alto a baixo,
um colante poroso de rede tricotada
para ventilação e temperatura próprias.
Logo após, outros fatos, e outros e mais outros,
catorze, no total,
de película de nylon
e borracha sintética.
Envolvendo o conjunto, do tronco até aos pés,
na cabeça e nos braços,
confusíssima trama de canais
para circulação dos fluidos necessários,
da água e do oxigénio.
A cobrir tudo, enfim, como um balão ao vento,
um envólucro soprado de tela de alumínio.
Capacete de rosca, de especial fibra de vidro,
auscultadores e microfones, e, nas mãos penduradas, tentáculos programados,
luvas com luz nos dedos.·
Numa cama de rede, pendurada
da parede do módulo,
na majestade augusta do silêncio,
dormia o Homem Novo a caminho da Lua.
Cá de longe, na Terra, num borborinho ansioso,
bocas de espanto e olhos de humidade,
todos se interpelavam e falavam,
do Homem Novo,
do Homem Novo,
do Homem Novo.·
Sobre a Lua, Armstrong pôs finalmente os pés.
Caminhava hesitante e cauteloso,
pé aqui,
pé ali,
as pernas afastadas,
os braços insuflados como balões pneumáticos,
o tronco debruçado sobre o solo.
Lá vai ele.
Lá vai o Homem Novo
medindo e calculando cada passo,
puxando pelo corpo como bloco emperrado.
Mais um passo.
Mais outro.
Num sobre-humano esforço
levanta a mão sapuda e qualquer coisa nela.
Com redobrado alento avança mais um passo,
e a Humanidade inteira,
com o coração pequeno e ressequido,
viu, com os olhos que a terra há-de comer,
o Homem Novo espetar,
no chão poeirento da Lua,
a bandeira da sua Pátria,
exactamente como faria o Homem Velho.
(Novos Poemas Póstumos)

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sexta-feira, 17 de julho de 2009

17 de Julho de 1936. Guerra Civil em Espanha.

Leitura recomendada: Por quem os sinos dobram (For Whom the Bell Tolls) de Ernest Hemingway.

("Guernica" (1937) de Picasso. Museu Nacional Centro de Arte Rainha Dona Sofia, Madrid)

«A 17 de Julho de 1936 a Espanha dava início a um dos mais negros capítulos da sua história. As tensões acumuladas entre “republicanos” (grupo que juntava pessoas de diferentes sensibilidades ideológicas: moderados, nacionalistas catalães e bascos, comunistas e anarquistas) e a direita, que unia monárquicos, latifundiários, conservadores e os fascistas da emergente Falange Espanhola, davam lugar a um conflito armado. Começava a Guerra Civil Espanhola, que durante os seus três anos terá feito entre 330 a 405 mil mortos, tiraria os republicanos do poder e daria início a uma ditadura, liderada pelo General Franco, que só terminaria em 1973. Giles Tremlett, correspondente do jornal britânico “The Guardian” em Madrid, diz à Renascença que os “fantasmas” da guerra civil permanecem vivos. É por isso que abre o seu livro “Fantasmas de Espanha” (2006) com uma citação do poeta Federico García Lorca, uma das primeiras vítimas do conflito: “Em Espanha, os mortos estão mais vivos do que os mortos de qualquer outro lugar do mundo: o seu perfil fere como o fio de uma navalha de barbear”. O jornalista, há cerca de 20 anos a viver em Espanha, diz que o “pacto do esquecimento” (um pacto não escrito destinado a esquecer o legado da ditadura franquista) “acabou para um dos lados da guerra civil, o que perdeu, mas não para o outro, o que ganhou” - ainda há quem veja os anos de Franco como uma ditadura suave. “O facto de não ter havido uma revolução, como em Portugal, significou que a transição para a democracia foi feita sob a liderança do poder ditatorial, que assegurou que o silêncio fosse mantido e que não se tivesse feito justiça mais cedo”, refere Giles Tremlett. A guerra teve um impacto enorme no que é a Espanha hoje, nas suas tensões e divisões internas. “É impossível olhar para qualquer grande instituição espanhola desde o fim da monarquia [em 1931], sem nos perguntarmos como é que a guerra civil e a ditadura (ou a reacção a elas) a moldou”, sublinha.» (Pedro Rios In Página 1)

(Uma das fotos mais famosas da Guerra Civil Espanhola, atribuída a Robert Capa, que capta o momento exacto da morte de um soldado republicano. Esta foto perpetuou a imagem desta guerra fratricida, símbolo dos "fascínios ideológicos' que marcariam o século XX)

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quinta-feira, 9 de julho de 2009

Os meus alunos estão de Parabéns!!

Os meus alunos, quase todos membros do CLP, estão de parabéns pelos resultados obtidos no Exame Nacional.
Poucos não conseguiram atingir os objectivos mais ambiciosos, a esses já disse que na vida as derrotas não nos devem menorizar, mas mostrar-nos onde errámos e qual o caminho a seguir para as vencer - trabalho, empenho e dedicação de corpo e alma.
Quase todos tiveram resultados muito positivos e isso deu-me uma grande alegria e orgulho à mistura.
Às minhas meninas que tiraram as melhores notas da Escola, 19 valores, devo lembrar que o trabalho compensa, mas que nunca termina, sendo preciso continuar, com o mesmo espírito, seja qual for o ambiente e as pessoas que vão encontrar agora no superior.
Mais um passo está dado e outra viagem se avizinha. Felicidades nessa viagem, meninos!

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terça-feira, 16 de junho de 2009

Mais um passo...

Realizado o Exame Nacional de Português. Mais um passo... (Jorge Garcia)

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domingo, 7 de junho de 2009

Hoje, porque sim. "Carpe Diem"

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sexta-feira, 5 de junho de 2009

Hoje, porque sim.

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"Foram bons estes três anos!"

Hoje foi o último dia de aulas com o 12ºano. Dia de sentimentos antitéticos: uma serena alegria pelo percurso de três anos de trabalho cumprido; uma tristeza já mesclada de saudades por ver os meus meninos seguir sem mim.
Durante estes três anos de caminho trilhado em conjunto muitas foram as horas de trabalho, de escrita, de leitura, de correcção, mas foram também muitos os sorrisos sinceros, os olhos carinhosos, a cumplicidade, as gargalhadas partilhadas, as birras e amuos, os raspanetes, as palavras ensinadas e aprendidas, muitos os afectos que foram crescendo.
Afinal, e nas palavras espontâneas do Bruno, "foram bons estes três anos!".
Felicidades, meninos!

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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Prémio Inês de Castro (PNL)

Ontem, 5 alunos do CLP, todos do 12ºF, receberam o prémio relativo ao 3º lugar, com o blogue http://www.duroferoamor.blogspot.com/, obtido no Concurso Inês de Castro. O evento decorreu na Quinta das Lágrimas, onde fomos muito bem recebidos e onde os alunos apresentaram o trabalho efectuado. Parabéns, meninos!

Aqui ficam algumas fotos - mais e menos formais.

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terça-feira, 26 de maio de 2009

Hoje foi o último «Som das Palavras» (pelo menos deste ano lectivo!)

O «Som das Palavras», programa do CLP na rádio Barcelos (91.9), teve hoje a sua última edição deste ano lectivo.
Dentre as várias actividades que o CLP levou a cabo, esta foi certamente uma das preferidas, sobretudo entre os intervenientes. Pelos 17 programas em directo que realizámos passaram diferentes alunos do 12ºF e E. Houve programas temáticos - variantes do Português, o Português do Brasil e de África, o dia de S. Valentim, o Natal, o Intercâmbio escolar, o Carnaval - samba, a Liberdade, o cinema - entre música, poesia e conversa. Tivemos rubricas habituais, como "Músicas com História" e "Os pontos nos i's". Tivemos, sobretudo, muito gosto em fazer este programa, em decidir os temas, seleccionar as músicas, procurar curiosidades, pesquisar informação a transmitir, tudo num clima de trabalho mas também de muita diversão, sobretudo durante os programas. Foi realmente um prazer ter trabalhado neste projecto com os alunos. Para ouvir os programas e muito mais, visitem: http://somdaspalavras.podomatic.com/

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terça-feira, 19 de maio de 2009

Hoje, porque sim.

(Raul Alexandre)

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sábado, 16 de maio de 2009

Um bela Biblioteca (Kansas city)!

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quarta-feira, 13 de maio de 2009

Intercâmbio com a Escola Secundária de Albufeira

No passado fim de semana, as turmas 12ºF e 11ºC foram a Albufeira, no âmbito do intercâmbio escolar. Connosco estiveram também os professores Florinda Bogas e José Carlos Cruz. Entre outras actividades, participámos nos "Paginários" e ouvimos a conferência do Prof. Cândido Martins sobre o Memorial do Convento. Fomos muito bem recebidos em Albufeira, agradecemos à escola, na pessoa da Presidente do Executivo, aos alunos das turmas 10ºG e 11ºQ, às professoras Leonor, Regina, Ana e Fernanda Lamy. No sábado assistimos a um espectáculo teatral e de dança levado a cabo por alunos muito talentosos. Visitámos o centro histórico de Albufeira, a Lagoa dos Salgados, divertimo-nos no zoomarine e aprendemos com os golfinhos. Foram dias de partilha e de grande diversão!

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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Blogue Duro e Fero Amor ganha 3º Prémio do Concurso Inês de Castro (Plano Nacional de Leitura)

Blogue da "equipa":
Bruno, Ana, Catarina, Vera, Joana (12ºF) e eu.

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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Liberdade esperada

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo
(Sophia de Mello Breyner Andresen)

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domingo, 19 de abril de 2009

CONCURSO LITERÁRIO

REGULAMENTO 1. Apenas os alunos da Escola Secundária/3 de Barcelinhos podem concorrer, havendo duas categorias de concorrentes: a) alunos do 3º ciclo. b) alunos do ensino secundário. 2. Os textos têm de ser obrigatoriamente originais e inéditos, podendo integrar-se em três modalidades diferentes: 1. Poesia; 2. Prosa poética 3. Texto (poesia ou prosa poética) e imagem (fotografia da autoria do concorrente) 3. Os textos devem ser redigidos em folha A4 (limite máximo 3 páginas), corpo 12, espaço 1,5 (entrelinhas) e fonte Times New Roman. 4. Os textos (assinados sob pseudónimo) deverão ser entregues no CLP ou na Biblioteca num envelope fechado. 5. Dentro desse envelope deve ser inserido um envelope mais pequeno, no qual esteja escrito no exterior o pseudónimo usado e no interior a respectiva informação pessoal (nome, idade, ano de escolaridade, turma e número) do aluno concorrente. 6. Data limite para entrega dos textos concorrentes: 25 de Maio de 2009. 7. Cada concorrente apenas poderá concorrer com um texto de cada modalidade e tem de fazê-lo individualmente. 8. Os resultados serão divulgados no dia 5 de Junho. 9. Do júri farão parte as professoras Aida Sampaio Lemos, Elisabete Gonçalves e Florinda Bogas. 10. As decisões do júri são irrecorríveis. 11. Para cada Categoria (3º ciclo e secundário) haverá um prémio para os vencedores. 12. A inscrição no presente concurso implica a aceitação plena deste regulamento.

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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ana Salomé

(Foto: Pedro Moreira)
«vou ser directa, não vou cumprir o plano da manhã. é preciso falar. levanto-me de madrugada e preparo um sumo de laranja, que bebo na varanda num frio tremendo. não estudo. fico aqui, às voltas com o caderno, a ler poesia. preciso de algo intenso, com urgência. a minha calma não existe, é só um modo de equilibrar a violência dos sonhos, um modo de poder sair à rua sem esconder a face. pergunto-me a que saibo. levo um dedo à boca. molho-o e provo-o de novo. não sei muito mais sobre mim do que este gesto, e uma outra leve impressão por ter passado à frente de espelhos. trago a cintura impaciente, amarrada a uma palavra que se corta no arame desejado pelos dedos. toda a demora delonga esta dor. talvez se venha a descobrir o meu corpo debaixo de terra, onde rebenta uma canção de lava em vapor de prata. nenhum caminho menos intenso, nenhum, te levará lá. »

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sábado, 11 de abril de 2009

Como o belo pode ser triste: "Ofélia" de John Everett Millais

Ofélia, a namorada suicida de Hamlet, pintada por John Everett Millais. Este quadro integra o acervo da Tate Gallery, em Londres.

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terça-feira, 7 de abril de 2009

Hoje, porque sim.

(foto de Lúcia Letra)

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quinta-feira, 2 de abril de 2009

Dia Internacional do Livro Infantil

«A investigação tem demonstrado a possibilidade de a leitura ampliar as capacidades do cérebro, criando diferentes perspectivas de interpretação da realidade e novas competências no manejo das emoções, contribuindo para a melhor compreensão da complexidade do mundo. Especialistas defendem que o que importa é que a criança leia, sobretudo textos que a mobilizem e não se afigurem desconexos em termos de espaço e tempo, o que poderá levar ao abandono do livro. Por isso, o interesse de uma criança ou de um adolescente por qualquer tema deverá ser incentivado, porque estará a contribuir para o ganho de hábitos de leitura, que só se poderão consolidar nas idades jovens.Costuma dizer-se que se pode ler um livro a uma criança desde muito cedo, na prática deve seguir-se o conselho de segurar a criança ao colo e com a mão disponível ler-lhe um episódio qualquer que o faça sonhar: não importa, a princípio, se é ou não um texto de muito valor literário. (...)». (Daniel Sampaio in "Público")
Uma sugestão: Hipólito, o Filantropo de Éric Many

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quarta-feira, 25 de março de 2009

CLPJornal saiu hoje. Vê a edição em www.clpjornal.pt.vu

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sábado, 21 de março de 2009

Poesia e Primavera

O CLP celebrou a chegada da Primavera com Poesia ou vice-versa. Ontem deu vida a uma árvore com flores e poemas.

Vou de comboio...
Vou
Mecanizado e duro como sou
Neste dia;
– E mesmo assim tu vens, tu me visitas!
Tu ranges nestes ferros e palpitas
Dentro de mim, Poesia!
Vão homens a meu lado distraídos
Da sua condição de almas penadas;
Vão outros à janela, diluídos
Nas paisagens passadas...
E porque hei-de ter eu nos meus sentidos
As tuas formas brancas e aladas?
Os campos, imprecisos, nos meus olhos,
Vão de braços abertos às montanhas;
O mar protesta contra não sei quê;
E eu, movido por ti, por tuas manhas,
A sonhar um painel que se não vê!
Porque me tocas?
Porque me destinas
Este cilício vivo de cantar?
Porque hei-de eu padecer e ter matinas
Sem sequer acordar?
Porque há-de a tua voz chamar a estrela
Onde descansa e dorme a minha lira?
Que razão te dei eu
Para que a um gesto teu
A harmonia me fira?
Poeta sou e a ti me escravizei,
Incapaz de fugir ao meu destino.
Mas, se todo me dei,
Porque não há-de haver na tua lei
O lugar do menino
Que a fazer versos e a crescer fiquei?
Tanto me apetecia agora ser
Alguém que não cantasse nem sentisse!
Alguém que visse padecer,
E não visse...
Alguém que fosse pelo dia fora
Neutro como um rapaz
Que come e bebe a cada hora
Sem saber o que faz...
Alguém que não tivesse sentimentos,
Pressentimentos,
E coisas de escrever e de exprimir...
Alguém que se deitasse
No banco mais comprido que vagasse,
E pudesse dormir...
Mas eu sei que não posso.
Sei que sou todo vosso,
Ritmos, imagens, emoções!
Sei que serve quem ama,
E que eu jurei amor à minha dama,
À mágica senhora das paixões.
Musa bela, terrível e sagrada,
Imaculada Deusa do condão:
Aqui vou de longada;
Mas aqui estou, e aqui serás louvada,
Se aqui mesmo me obriga a tua mão!
(Miguel Torga, in "Odes", 1946; "Poesia Completa", 2000)

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quarta-feira, 18 de março de 2009

Na corrente: «nunca o amor foi fácil, nunca, também a terra morre»

Um outro desafio chegado por intermédio da Ana Salomé (http://www.cicio.blogspot.com/) - "escolher uma pérola que tenha ficado na nossa memória mais profunda". Aqui deixo a minha pérola (im)perfeita: «nunca o amor foi fácil, nunca, também a terra morre»

Cala-te, a luz arde entre os lábios,

e o amor não contempla, sempre

o amor procura, tacteia no escuro,

essa perna é tua?, esse braço?,

subo por ti de ramo em ramo,

respiro rente à tua boca,

abre-se a alma à língua, morreria

agora se mo pedisses, dorme,

nunca o amor foi fácil, nunca,

também a terra morre.

(David Mourão-Ferreira)

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"Línguas de Perguntador" de 18 de Março In "A Voz do Minho"

O Línguas de Perguntador regressa, mais uma semana, ao Jornal "A Voz do Minho" para esclarecer algumas dúvidas e curiosidades dos nossos caros leitores sobre a nossa língua. E como amanhã é Dia do Pai, esta coluna é dedicada a todos os pais e a todos os filhos, pois de “pequenino é que se torce o pepino”. Qual a origem desta expressão a que tantas vezes recorremos para referir a importância da educação? Os agricultores que cultivam os pepinos precisam, tendo em vista a sua futura comercialização, dar a melhor forma a estas plantas. Retiram uns "olhinhos" para que os pepinos se desenvolvam. Se não for feita esta pequena poda, os pepinos não crescem da melhor maneira porque criam uma rama sem valor e adquirem um gosto desagradável. Assim como é necessário dar a melhor forma aos pepinos para que sejam o mais perfeitos possível, também é necessário conduzir as crianças o mais cedo possível com vista a uma formação integral que se quer a melhor. Eis a nobre missão dos pais! E como o dia é dedicado à figura paterna, sabe qual é o aumentativo do substantivo “pai”? Diz-se “paisão” ou “paizão? O CLP esclarece: O aumentativo de pai é paizão, pela razão de a palavra derivar de uma forma base – pai – terminada em ditongo. A forma de valor aumentativo que se associa a estas palavras é o sufixo -zão. Da mesma maneira se escreve mauzão, palavra também derivada de uma base com ditongo: mau. O diminutivo de pai é também escrito com -z-: paizinho. Ao que tudo indica, o Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a ideia inicial foi praticamente a mesma: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida e nos ajudam nas primeiras caminhadas e ao longo de toda a vida. À semelhança do que acontece em Portugal, também em Itália esta festividade ocorre no dia de São José, 19 de Março, forma também de homenagear a figura deste santo como pai de Jesus, um pai que hoje se denominaria de "pai afectivo". Apesar da ligação católica, esta data ganhou destaque por ser afectivamente importante e, claro, comercialmente vantajosa. E, por isso, cá fica um conselho do CLP: mais do que um bem material, é fundamental mostrar, por meio de acções, gestos e palavras, o amor que sentimos por quem nos dá o amor de Pai. Parabéns a todos os Pais! E não se esqueçam de continuar a enviar as vossas sugestões, dúvidas e curiosidades para lperguntador@gmail.com. CLP – Marta Carvalho 12ºF

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terça-feira, 17 de março de 2009

"Línguas de Perguntador" de 11 de Março In "A Voz do Minho"

“Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”. Mas nós, caros leitores, não nos mudámos nem mudamos as nossas preferências. Considerem-se “privilegiados” (e não “preveligiados” ou “previligiados”) por haver gente como nós que “fala pelos cotovelos” e vos presenteia todas as semanas com expressões e curiosidades sobre a nossa Língua Portuguesa e afins. Não pretendemos, contudo, importunar-vos “falando de mais”, pois se isto fosse uma conversa cara-a-cara, tornar-se-ia desconfortável estarmos sempre a tocar-lhes com o cotovelo para chamar a atenção. É esta a origem da expressão “falar pelos cotovelos”, que foi pela primeira vez usada pelo escritor latino Horácio (65-8 a. C.) numa das suas sátiras. Agora tendo em atenção a abertura deste texto, “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”, esta é uma frase que muita gente já deve ter ouvido, mas cuja origem pode desconhecer. Trata-se de um verso de um soneto de Luís de Camões, com um significado intemporal, daí ser usada ainda hoje em dia. Parece que já no século XVI o poeta se tinha apercebido de que, à medida que o tempo passa, também as nossas vontades, os nossos gostos, desejos e objectivos, vão mudando. Este sentimento é comum a todos nós, mas como diria Penélope Cruz, nas palavras de Woody Allen, há quem sofra de “insatisfação crónica”, ou seja, nunca está satisfeito com nada, o que geralmente acontece porque não sabe o que procura. O músico brasileiro Wilson das Neves traduziria isto dizendo que “Quem procura o que não perdeu quando encontra não conhece”. Por outras palavras, mais lusitanas, “Quem não sabe o que procura, não percebe quando encontra”. É pena, porque às vezes acabamos por “Só dar valor ao que temos, quando perdemos”. Esta é uma velha frase cuja autoria desconhecemos. Deixamos desde já a sugestão para nos contactarem se descobrirem. Mas continuando com a mudança, apesar da sua inevitabilidade, há sempre quem tente “remar contra a maré”, tentado, portanto, fazer algo muito difícil, quase impossível. Por isso não se prendam ao passado e saibam quando está na altura de mudar, pois “todo o mundo é composto de mudança”. Já ouviram falar da “filosofia dos ovos”? Não é aquela em que se interroga quem nasceu primeiro: se o ovo ou a galinha (mas se souberem a resposta, agradecíamos, em nome da humanidade, que nos contactassem também). A filosofia dos ovos teve origem numa anedota, em que um indivíduo vai ao médico e diz: "Sr. Doutor, o meu irmão está maluco, pensa que é uma galinha". O médico diz: "Então por que é que não o interna?". Ao que o indivíduo responde: "Bem, eu internava, mas preciso dos ovos". Divulgada também por Woody Allen, num filme de 1977, ele acrescenta-lhe uma pequena, mas brilhante, reflexão: Assim acontece com os relacionamentos. Mesmo que estes sejam completamente irracionais e absurdos, continuamos a sustentá-los, porque a maioria de nós precisa dos ovos. Por aqui ficamos hoje, com uma sugestão cinematográfica. Vejam o último filme de Woody Allen, Vicky Cristina Barcelona e desfrutem de um divertido momento de reflexão e, possivelmente, identificação pessoal. Para a semana estamos de volta e já sabem que estamos disponíveis em lperguntador@gmail.com. CLP – Maria Vilas Boas e Vera Pereira (12ºF)

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segunda-feira, 16 de março de 2009

Língua portuguesa

«Português básico “reduzido a menos de mil palavras”. “O Português básico está reduzido a menos de mil palavras”, vítima de uma banalização que faz com que “as pessoas falem todas da mesma maneira”. Mais: “os portugueses complicam desnecessariamente uma língua que é uma obra prima da nossa História”. A opinião é de Artur Anselmo, presidente do Instituto de Lexicologia e Lexicografi a da Língua Portuguesa da Academia das Ciências de Lisboa. “Temos 110 mil palavras dicionarizadas - e não falo nas locuções, que aí iríamos para as 300 mil - e o Português básico está reduzido a menos de mil palavras, o que é péssimo”, declarou o fi lólogo à Lusa. “O verbo «pôr» está a desaparecer, hoje toda a gente «mete» - diz-se «meto a mesa» em vez de «ponho a mesa» e isto é mau. O verbo «fazer» também está a desaparecer: já ninguém «faz» perguntas, toda a gente «coloca» questões”, exemplificou. Artur Anselmo alertou ainda para a inexistência de uma listagem de palavras da Língua Portuguesa, sem o qual “não pode haver” Acordo Ortográfi co. “Ainda não foi elaborado o vocabulário - uma listagem das palavras da Língua Portuguesa - e não pode haver um acordo sem esse vocabulário, no qual entram as contribuições de Portugal mas também dos outros países de Língua Portuguesa”, afirmou Anselmo, alertando que “esse processo é demorado”. “Não sei o que se passa nos países africanos e em Timor”, disse. Em Portugal, “o Governo não tomou posição nenhuma, não encarregou ninguém, nem a Academia das Ciências” dessa tarefa.»
(In Página 1)

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domingo, 15 de março de 2009

Página 161

Respondendo ao desafio da Ana Salomé (http://www.cicio.blogspot.com/), deixo aqui a quarta frase da página 161 de um livro que me acompanha há décadas e que tenho sempre na minha mesinha de cabeceira - Rosinha, minha canoa de José Mauro de Vasconcelos. É uma segunda edição, de 1976, e foi o primeiro livro que comprei. Não sei, nem neste momento me importa, se é grande literatura (seja lá isso o que for). Um dia terei de colocar em palavras as lágrimas que este livro sempre me provoca.

pág. 161: «- Agora diga, moça; é a gente que é doida ou é Deus que faz de propósito?»

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