sábado, 30 de agosto de 2008

Parabéns, António Lobo Antunes!

António Lobo Antunes nasceu a 1 de Setembro de 1942, em Lisboa e é um dos escritores mais reconhecidos internacionalmente.
A cultura assusta muito. É uma coisa apavorante para os ditadores. Um povo que lê nunca será um povo de escravos. (A. Lobo Antunes)
Escrever é sobretudo uma questão de trabalho. Há um dom que lhe é dado mas se não trabalhar muito de nada lhe serve. É tudo conquistado penosamente. Aliás, quando está a sair com facilidade, eu desconfio logo. Aquilo que vem muito depressa não pode ser bom. (A. Lobo Antunes)
A leitura é uma coisa que se educa. Que se ensina e que se aprende. O problema é que qualquer grande escritor tem de ensinar os seus leitores a lê-lo. O grande juiz acaba sempre por ser o tempo. (A. Lobo Antunes)

Bibliografia:

Memória de Elefante (1979) Os Cus de Judas (1979) A Explicação dos Pássaros (1981) Conhecimento do Inferno (1981) Fado Alexandrino (1983) Auto dos Danados (1985) As Naus (1988) Tratado das Paixões da Alma (1990) A Ordem Natural das Coisas (1992) A Morte de Carlos Gardel (1994) Crónicas (1995) Manual dos Inquisidores (1996) O Esplendor de Portugal (1997) Livro de Crónicas (1998) Olhares 1951-1998 (1999) (co autoria de Eduardo Gageiro) Exortação aos Crocodilos (1999) Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura (2000) Que farei quando tudo arde? (2001) Segundo Livro de Crónicas (2002) Letrinhas das Cantigas (edição limitada, 2002) Boa Tarde às Coisas Aqui em Baixo (2003) Eu Hei-de Amar Uma Pedra (2004) História do Hidroavião (conto, reedição 2005) D'este viver aqui neste papel descripto: cartas de guerra ("Cartas da Guerra", 2005) Terceiro Livro de Crónicas (2006) Ontem Não Te Vi Em Babilónia (2006) O Meu Nome é Legião (2007)

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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Com uns dias de antecipação, alguns apontamentos: D.Francisco Manuel de Melo

Morreu, em 1666, no dia 24 de Agosto, D. Francisco Manuel de Melo, escritor, político, historiador, pedagogo, moralista, autor teatral, epistológrafo e poeta.
D. Francisco Manuel de Melo (1608-1666) nasceu em Lisboa de família nobre. Começou muito novo a frequentar a corte, cursou Humanidades no Colégio de Santo Antão e dedicou-se ao estudo da Matemática, pois pensava seguir a carreira das armas. Militou na marinha e, depois de um naufrágio que sofrera, estabeleceu-se na corte de Madrid. Em 1639 comandou um regimento na Flandres e lutou contra os Holandeses. Em 1641, encontrando-se em Londres, aderiu à causa da independência em Portugal, regressando ao reino onde, depois de receber a comenda da Ordem de Cristo, é acusado e preso por conivência no assassinato de Francisco Cardoso. É na prisão que escreverá as suas melhores obras. Destacamos: Carta de Guia de Casados (Lisboa, 1651), Epanáforas de Vária História Portuguesa (Lisboa, 1660), Obras Morales (Roma, 1664), Cartas Familiares (Roma, 1664), Obras Métricas (França, 1665), Auto do Fidalgo Aprendiz (Lisboa, 1676), Apólogos Dialogais (Lisboa, 1721), D. Teodósio Duque de Bragança e As Segundas Três Musas (1945 e 1966). É considerado um dos mais importantes autores do Barroco em Portugal.
Carta de guia de casados:

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Com uns dias de atraso, alguns apontamentos: Eça de Queirós e Trindade Coelho

No ano de 1900, no dia 16 de Agosto, morreu, em Neuilly, o escritor Eça de Queirós, após prolongada doença. No mês de Setembro, o corpo do escritor foi trasladado para o cemitério do Alto de S. João, em Lisboa: http://www.feq.pt/
O escritor Trindade Coelho, autor de Os Meus Amores, faleceu a 18 de Agosto de 1908.

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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sophia

(Foto de Julia Kan)
Liberdade
Aqui nesta praia onde
Não há nenhum vestígio de impureza,
Aqui onde há somente
Ondas tombando ininterruptamente,
Puro espaço e lúcida unidade,
Aqui o tempo apaixonadamente
Encontra a própria liberdade.

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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

...e bebe-se o alento até de um copo sem fundo...

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..e (re)começos...

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...e sonhos...

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Intervalo, hiato, interstício, interregno, pausa...:-)

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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Ruy Belo ( 27 de Fevereiro de 1933- 8 de Agosto de 1978)

A morte da água
Um dos passeios que mais gosto de dar é ir a esposende ver desaguar o cávado. Existe lá um bar apropriado para isso. Um rio é a infância da água. As margens, o leito, tudo a protege. Na foz é que há a aventura do mar largo. Acabou-se qualquer possível árvore geneológica, visível no anel do dedo. Acabou-se mesmo qualquer passado. É o convívio com a distância, com o incomensurável. É o anonimato. E a todo o momento há água que se lança nessa aventura. Adeus margens verdejantes, adeus pontes, adeus peixes conhecidos. Agora é o mar salgado, a aventura sem retorno, nem mesmo na maré cheia. E é em esposende que eu gosto de assistir, durante horas, a troco de uma imperial, à morte de um rio que envelheceu a romper pedras e plantas, que lutou, que torneou obstáculos. Impossível voltar atrás. Agora é a morte. Ou a vida.

Ruy Belo

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